Mãos do Destino
Na praia
Os meus pés na areia
A água, lambendo a terra, com a sua língua de ondas.
O mar chupa-me as pernas
Com a sua corrente tirante invisível
Para o fundo azul.
Um silencioso grito infantil.
Mãos que me apanham os braços
E que me levantam ao ar.
Uma voz de homem:
“Eh rapaz não se brinca aqui,
O mar é bravo”
Quando os meus pés tocaram o chão
Corri para casa como um lagarto.
Para não ser apanhado por mei irmão
Que estava certamente buscando-me.
Nunca vi a cara de aquelas mãos.
E dos cavalos,
Com as patas ferradas no ar,
Rinchando, propulsionando
A carroça em direcção da parede.
Somos dos amigos inocentes da vida,
Com poucos anos.
Temos o temor na cara,
E as costas contra a parede.
Entre os ferros alevantados dos cavalos
E nos há só um pedaço de ar.
A gente não sabe que o medo
Não pode desviar um golpe de corisco.
Uma imagem escura se lança
Entre dois de nossos gritos
E se interpõe diante de nós,
Com as duas mãos alevantadas e ameaçantes
Prontas a cortar o rincho em dois.
Os Ferros dos cavalos eriçados caem no chão.
E o silêncio vem em o nosso socorro
Nós fugimos como dois irmãos
Que tinham medo de chegar tarde à casa paterna.
Sim, nunca se perguntar se aquelas mãos tinham rosto
Alvaro Aurélio
Editado por Antonio de Vasconcelos
Os meus pés na areia
A água, lambendo a terra, com a sua língua de ondas.
O mar chupa-me as pernas
Com a sua corrente tirante invisível
Para o fundo azul.
Um silencioso grito infantil.
Mãos que me apanham os braços
E que me levantam ao ar.
Uma voz de homem:
“Eh rapaz não se brinca aqui,
O mar é bravo”
Quando os meus pés tocaram o chão
Corri para casa como um lagarto.
Para não ser apanhado por mei irmão
Que estava certamente buscando-me.
Nunca vi a cara de aquelas mãos.
E dos cavalos,
Com as patas ferradas no ar,
Rinchando, propulsionando
A carroça em direcção da parede.
Somos dos amigos inocentes da vida,
Com poucos anos.
Temos o temor na cara,
E as costas contra a parede.
Entre os ferros alevantados dos cavalos
E nos há só um pedaço de ar.
A gente não sabe que o medo
Não pode desviar um golpe de corisco.
Uma imagem escura se lança
Entre dois de nossos gritos
E se interpõe diante de nós,
Com as duas mãos alevantadas e ameaçantes
Prontas a cortar o rincho em dois.
Os Ferros dos cavalos eriçados caem no chão.
E o silêncio vem em o nosso socorro
Nós fugimos como dois irmãos
Que tinham medo de chegar tarde à casa paterna.
Sim, nunca se perguntar se aquelas mãos tinham rosto
Alvaro Aurélio
Editado por Antonio de Vasconcelos